Refugio-me na neblina. Para lá da perturbação palpável, está o sensível. O deleite na efémera sensação do álgido ultrapassa qualquer sensibilidade banal. A placidez descoberta na dor comummente menosprezável da gélida e húmida brisa animada de aquosos cristais, apenas cognoscível perante a negligência das simples alegrias. Descobrir o conforto no incomum e o asilo na ininteligibilidade da visão do propósito – da qual sou familiar – e cingir-me ao (aprazível) coagulamento em virtude de nada mais que a anti-matéria da entropia.
01/12/2018
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