É sempre a mesma sensação. Sempre a mesma euforia. Segue-se uma imensidão de pensamentos vastos,
um turbilhão imensurável de emoções que me atormentam incessantemente. Contemplo-te sempre atentamente.
Seguem-se palpitações.
Perco completamente o Norte.
Esqueço-me do medo que sempre tive,
do esquecimento e da morte;
da falta de sentimentos.
Perco mais uns momentos... segue-se uma inexplicável paixão.
Afogo-me no interminável oceano
dos teus olhos reluzentes. Sinto-me cegado
pelo teu brilhante sorriso,
incandescente e iluminado.
Segue-se um arrepio gelado.
Por mais bela que sejas,
não me posso deixar levar.
Recordo-me da improbabilidade
deste sentimento magnífico
se poder concretizar. Sinto-me fraco, derrotado... onde segundos atrás
cresciam coloridas flores,
agora só resta um deserto nevado.
É inconcebível que acabe assim.
Como poderia eu deixar
algo assim tão forte, e tão belo
morrer, sem nem sequer tentar.
Recordo-me de quão bela és.
Sinto-me encantado
enquanto descrevo essa tua beleza,
escrevo-te estes versos, afincadamente.
Segue-se o fogo
que arde mais intensamente
do que os raios cósmicos de mil estrelas,
infinitamente mais brilhantes que o Sol.
Talles Costa, O Poeta
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